EDI In-house
As soluções EDI In-house implicam investimentos e custos por parte do cliente para a manutenção da sua infraestrutura EDI B2B.
On-Premise EDI
A implementação de uma solução EDI no local supõe a dotação de espaços nas empresas onde se irá proceder à instalação da arquitetura física e lógica requeridas para implementar a infraestrutura EDI B2B de uma empresa.
Estas instalações supõem a implementação de servidores e máquinas para o processamento dos componentes de uma plataforma EDI completa, que podem chegar a incluir ferramentas de tradução ou mapping de mensagens, soluções específicas de integração de dados, e serviços de comunicações para administrar os protocolos utilizados para o envio e receção das transações EDI intercambiadas com a comunidade de partners comerciais.
Podem chegar a ser instalações realmente complexas, especialmente se se tratar de empresas com elevados volumes de intercâmbios EDI B2B que podem, além do mais, requerer capacidades específicas de compliance para alinhar as transações geridas com os requisitos fiscais das autoridades tributárias em matéria de faturação eletrónica.
Esta circunstância, unida ao fator crítico das transações geridas a partir destas instalações, resulta geralmente na dotação de um volume relevante de recursos e profissionais para assegurar um funcionamento ininterrupto de toda a infraestrutura EDI instalada na empresa.
Todas estas razões justificam a tendência cada vez maior de abordar projetos EDI B2B em modo SaaS, que implicam a externalização num forenecedor de serviços de toda a infraestrutura técnica necessária, assim como dos desenvolvimentos e manutenções a implementar relativamente às diferentes aplicações envolvidas na implementação da solução EDI do cliente. Sobre estas soluções em modo SaaS, é possível além disso implementar serviços de gestão normalmente conhecidos como Outsourcing EDI, que também supõem a delegação no fornecedor de serviços das tarefas de configuração, administração e monitorização da solução EDI, excluindo inclusivamente as tarefas como o acompanhamento de incidências, falhos nas comunicações, configuração de protocolos ou de GLNs (Global Location Number).
Que preciso para implementar uma solução EDI no local
Os requisitos técnicos para abordar uma instalação In-House EDI variam em função da complexidade e dos volumes de documentos a gerir. Seja como for, em maior ou menor medida, terão de estar presentes pelo menos os seguintes componentes:
Servidores de bases de dados e aplicações
A arquitetura física deste tipo de instalações implica a gestão de elevados volumes de dados e sistemas de arquivo e recuperação dos documentos eletrónicos intercambiados.
Não devemos esquecer que se trata de transações críticas na relação comercial mantida pelo interlocutores integrados por EDI. Por esse motivo é necessário dimensionar adequadamente a infraestrutura hardware para dotar das capacidades necessárias de processamento de dados, armazenamento e Back-up associados ao intercâmbio eletrónico de documentos.
Software EDI
Será necessário contar com as aplicações específicas que permitam administrar toda a solução, o que normalmente envolve um investimento em licenças desenvolvidas por um terceiro, assim como a manutenção destas para aceder aos serviços de suporte e atualização necessários para que a infraestrutura não se torne obsoleta. Os elementos de software que compõem uma solução EDI integrada são normalmente:
Cliente de mensagens EDI B2B: Solução específica para monitorizar o estado dos documentos enviados e recebidos, assim como para parametrizar todos os aspetos envolvidos na manutenção da solução EDI como, por exemplo, pontos operacionais, assinaturas eletrónicas, comunicações, regras, alertas, etc.
Integrador de aplicações: O intercâmbio eletrónico de documentos implica a integração de aplicações de gestão entre si pelo que, na instalação, deve confluir algum serviço específico que permita orquestrar os procedimentos a seguir para obter essas integrações.
Ferramentas de mapping e tradução: As mensagens intercambiadas entre interlocutores EDI têm de ser interpretadas pelos sistemas de gestão. Finanças, contas a pagar, administração ou desenvolvimento de negócio têm de tratar todas essas transações a partir dos seus sistemas informáticos internos pelo que, na instalação, torna-se necessária a participação de ferramentas específicas que possibilitem a transformação das estruturas de dados em padrões EDI, assim como a tradução desses padrões para formatos capazes de ser interpretados pelos ERP.
Serviços de comunicações
As mensagens enviadas e recebidas têm de ser encaminhadas através de protocolos específicos de comunicações EDI B2B. As comunicações com as Value Added Network contratadas, ou a implementação de comunicações diretas através de sistemas como AS, SFTP, OFTP, etc. exigem a instalação, gestão e manutenção de serviços específicos dedicados às comunicações.